Ora é de conhecimento quase geral, o facto de o Gerês ser a Meca para fazer caminhadas, para apreciar a natureza pura, para nos conectarmos com o que nos rodeia. Foi o que fizemos em Março de 2009. Uma viagem de 1 noite.
Partimos para esta viagem com destinos definidos: quedas de água! Mas que raio de obsessão com as quedas de água… a verdade é que realmente uma queda de água reúne o que de melhor há na natureza. Tem o verde inerente a um local irrigado e por norma solarengo. Tem água, que é sempre agradável de ver e ouvir, tem acessos complicados e exigem algum esforço físico para se chegar, o que é óptimo para as calorias e para a linha, tão na moda. E porque sendo difíceis de encontrar por vezes, o seu alcance tem o mesmo entusiasmo de um navegante dos tempos dos descobrimentos quando encontra um novo local.
Cascata de Cabril.
Aconselho neste tipo de caminhadas levar umas sapatilhas com sola (não iguais aquelas que actualmente estão na moda, que inicialmente foram desenhadas para o desporto automóvel, mas que agora são usadas até no inverno para ir brincar na neve à Serra da Estrela). Ou seja, um calçado robusto e com um piso aderente. Aviso-vos pois numa das cascatas, abeirei-me do lago inferior. Por baixo de mim tinha uma rocha cuidadosamente polida pela erosão natural, com um ligeiro toque húmido. Aliado à minha falta de memória para ter colocado umas sapatilhas que não as que acima referi, estavam reunidas as condições para um espectacular escorregadela mesmo pró meio do lago. Note-se que todos os aparelhos electrónicos sobreviveram, ficando apenas uma desagradável brisa a percorrer-me o corpo da cintura para baixo.
Cascata do rio Arado.
Agora sim, a cascata mais fantástica, mais difícil de encontrar, mais bela, mais mística, com o nome mais pomposo: Cascata do Tahiti.
Não levem muito a peito o letreiro que se encontra da lado da estrada onde se lê: “Zona de Acidentes Mortais!”. Tudo depende de como interpretamos a informação e do nosso estado de espírito na altura da leitura.
Vou-me abster de muitos comentários, pois as fotos falam por si.
Vou-me abster de muitos comentários, pois as fotos falam por si.
Trilho da Preguiça.
O início do percurso foi marcado pela presença de cavalos (Garranos) completamente soltos, selvagens, a pastar calmamente. Se ouvirem um barulho seco e forte, como se viesse por aí algum exército, acalmem-se, são apenas estes nobres animais a descer as encostas aos pinotes. Não ligam muito a quem passa e também não são bons a posar para fotografias, mas é uma visão gentil.
Há também um pouco de água que por vezes acompanha o percurso, culminando depois num refrescante riacho. É um trilho tecnicamente difícil com desníveis que requerem a ingrata posição “de joelhos”. E mesmo a descer, não assumam com confiança a expressão do “ a descer todos santos ajudam”…
Curral da Laja… bem poderia dizer que estava em selva tropical no Brasil que provavelmente acreditariam. É de facto um ambiente bastante exótico.
Era um local de habitação. Aquando a construção da barragem essa povoação ficou submersa, podendo ser avistados os seus vestígios na maré baixa. A entrada é feita pedonalmente e o sítio é propriedade privada dos próprios antigos habitantes de Vilarinho das Furnas. A queda de água que se vê, é artificial. No entanto tem o seu encanto.
Perto deste região, mas na parte espanhola, existem umas bacias de água, que também nos atraem. Mas o caminho era de terra batida, muito irregular, e visto que o carro eleito para esta viagem não se presta a esse tipo de piso, deixámos ficar para uma próxima. Um próximo post :-)!
Se ela estivesse ligada até seria um bom local para comer qualquer coisa e ver as notícias.
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