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Escócia

Meu vagamundo deste mundo! Há uma terra onde os homens usam saias e tocam gaita! Terra de guerreiros e de monstros aquáticos. Fomos até à Escócia! Fomos levados pelas paisagens que sabíamos existir. Uma viagem por várias vezes adiadas e que agora finalmente aconteceu. Ainda assim, aquela malta tem uma abordagem muito estúpida ao Covid…. Temos que fazer o habitual PCR antes, em Portugal, mas temos que comprar também um teste para fazer lá, o que coloca logo mais 300€ em cima do orçamento. E para quê? Para nada, pois ninguém nos pediu ou verificou nada…. Mas a parte que eu digo ser estúpida, é que embora isto nos transpareça um cuidado e uma sensibilidade grande em relação à pandemia (e bem) por outro lado vemos que as máscaras são constantemente esquecidas, que os pubs estão cheios de malta a cantar a beber e a dançar, que o pessoal anda todo relativamente à vontade…
Mas vamos a isto. Começamos por uma dica que não li em lado nenhum antes de ir, e fiquei frustrado com isso! A Escócia tem, aparentemente, uns mosquitos pequeninos que andam por lá em Julho/Agosto e raramente em Setembro. E que picam! Picam em enxame. Se pararem de caminhar, ficam com uma nuvem deles à volta, e passam a ser um grande pedaço de kebab! Levem repelente ou redes mosquiteiras!! Não existem em todo lado, mas nas partes mais rurais, húmidas e sem vento, eles estão lá. 
 
Dia 1 
Chegámos a Edimburgo, mas rapidamente nos pusemos a andar para as Terras Altas com a primeira paragem em Inverness. Ou melhor, no parque Cairngorms. Um parque nacional com montes de trilhos e caminhadas, algo do qual os escoceses são fãs! Havia tantos por escolher, mas optámos por um trilho que passava nas Bruar Falls. Um pequeno trilho, sem grande dificuldade, que nos deu a cheirar a natureza escocesa. Tendo passado bastante tempo a conduzir, o dia já estaria curto, e escolhemos apenas mais uma caminhada, desta vez já acompanhados por uma chuvinha inofensiva. Foi na floresta Boat of Garden. Uma caminhada mais embrenhada em floresta de árvores altas, a ladear o lago. 
 
 
Mais uns quilómetros e passámos no castelo Urquhart. Claro está, já estaria fechado (eram perto das 18h). mas deu para ver de fora. É um castelo bastante em ruínas, pelo que se calhar não perdemos muito em ir lá dentro. Por fim, tentámos reter a visão no lago Lochness que fica no mesmo local, e a única coisa que vimos foram trutas e um senhor a fazer paddle….sem monstro.😔 
Vale a pena referir que este blog não vai ter tantos nomes sublinhados como de costume, porque muito desta viagem (uma road trip) é a própria viagem. Ou seja, há imensas fotos que foram tiradas ao longo do caminho, apenas porque nos chamou a atenção, sem que fosse um local específico ou turístico; é simplesmente bonito. 
 
Dia 2
Andámos a passear por Inverness, que tem uma pequena zona histórica e um Castelo, que tem uma bonita placa monstruosa, de publicidade, que destrói todos os enquadramentos fotográficos possíveis…. Quando nos colocámos a caminho, tivemos uma bela surpresa quando começámos a ver placas a dizer “Fort S. George”. E que boa descoberta! Um forte militar, em funcionamento, com os soldadinhos lá a treinarem e a fazerem a sua vida. É um forte bastante fotogénico, bastante geométrico. Com um bom áudio guia, que vale a pena adquirir. Passámos umas duas horas por lá, por isso diria que é um bom pin para meter no traçado. 
 
Também tínhamos o Castelo Dornoch que se revelou ser um hotel privado, e, portanto, não entrámos. Não é propriamente um ponto turístico. No entanto, se tiverem tempo, podem passar pela própria vila de Dornoch que é tranquila e turística, com boas esplanadas e espaços para relaxar. Quando demos por ela, estávamos atrasados para a nossa visita na Clynelish Destilary. Pelo que percebemos do inglês escocês macarrónico, é um centro de produção para a Johnnie Walker. A visita foi muito interativa, mas pouco técnica. Acabámos por não conhecer a fundo o processo de execução do Whisky, mas mais da história da empresa. Claro que no fim, houve a esperada prova do néctar dourado, que a nós nos soube tudo ao mesmo, mas que para os especialistas, tinha determinados aromas e traços bem definidos…. Somos uns ignorantes ao nível do álcool…. 
 
Estava o dia a acabar e o relógio a marcar o encerramento do Dunrobin Castle. Um castelo de frente para o mar, com um jardim lindíssimo e com um interior muito cuidado. Pena terem uns ToyToy cá fora para o pessoal fazer o xixi e que estraga totalmente a vista frontal do castelo…. 
 
Dia 3 
Após uma noite dormida num hotel (guesthouse) mais manhoso, aproveitámos o sol para ir ver os Whaligoe Steps. Era um antigo porto, enfiado no meio de penhascos, para o qual só se tem acesso (adivinharam) por uma escadaria! 337 degraus para ser mais preciso, mas fazem-se bem. Lá em baixo não há muito para ver, além da visão desafogada do mar. 1h chega par todo o processo. Um pouco mais à frente está a cidade de Wick. Que tem: um castelo! Castelo esse que de momento é composto por algumas rochas empilhadas. De qualquer forma, a área circundante é gira e merece um passeio. Se seguirem um dos trilhos, irão dar a um local em que a rocha faz uma ponta entre dois desfiladeiros; merece uma foto! 
 
A caminho de John O´Groats (já lá vamos) fica Duncansby Head, um farol também situado numa área verde e ampla. Estando sol, todos estes locais são convidativos a uma caminhada pelas redondezas. O farol em si não é nada de especial, mas logo ao lado estão as Stack Heads, duas rochas condenadas a estarem juntas para a eternidade à beira do mar. O marco a seguir é super instagramável, portanto parecia automaticamente algo estúpido. E era! Um poste com sinalização de direções, onde havia fila para tirar uma foto…. Há coisas piores. O local, O´Groats, em si tem comes e bebes e é bom para fazer um pouco de people watching.
 
Seguindo... Dunner Lighthouse, um farol mais fraquinho que os “nossos”, também construído num local bastante aberto e com vistas muito boas sobre as populações vizinhas. Diria que vale a pena o desvio apenas se tiverem tempo de sobra. Depois dormimos em Melvich, que não era um ponto com nenhum atrativo, mas que permitiu uma ida à praia e uma foto bonita numa casinha perdida nas dunas e ligada ao mundo por uma ponte.
 
Dia 4
Esta manhã seria passada a conduzir. E que belas estradas!! A estrada por si vale a visita. Estreita, bom piso, curvas q.b., ladeada por lagos e/ou floresta. Coloquem isto no itenerário apenas pela condução. Acho que é a estrada A836 e A838. Supostamente pertence à NC500. Vão ter a fantástica experiência de conduzir numa estrada de dois sentidos com apenas uma faixa, em que o bom senso e a cortesia impera, agora passo eu, agora passas tu. Todos agradecem no fim. Uma experiência refrescante do comportamento humano. O nosso pin do mapa parava na Smoo Cave. Aqui os artistas iam sem dinheiro…. Estamos em 2021, temos mbway, tlms, cartões, etc. Acontece que a cave não tem rede e portanto só aceita dinheiro. Ficámos à porta… 
Mais um troço grande em estrada, também ele bonito e agradável de conduzir, que nos levou à Clashnessie Falls. Seria com certeza mais giro perto do inverno, ou com mais água; o que vimos era uma grande cascata mas com um caudal pequeno… a própria aldeia em que fica localizada também é catita, com uma praia tipo baía. Depois íamos todos lampeiros para mais umas cascatas Falls Of Measach, inseridas num parque natural. Trazia boas prespectivas mas…estavam fechadas. Ou seja, o acesso ao próprio parque estava fechado. Mas cheirou-nos que seria algo que valeria ver. Além disso ficam mesmo na rota principal, sem desvios. Dormimos perto das Black Water Falls, no melhor alojamento da viagem possivelmente; Silverlodge. 
 
Dia 5 
Adivinham? Uma estrada pois está claro. Mas esta figura mesmo nos roteiros turísticos. Bealach na Ba. O nome não é simpático, mas têm que ir. Uma estrada cénica que dá festinhas à montanha com curvas de 180º e faixa estreita, onde se cruzam motas, carros, caravanas, e onde tem um privilegiado viewpoint no cimo. Agasalhem-se, pois é capaz de estar vento e frio! Parámos depois em Sligachan, onde está mais uma imagem que tem que ficar na máquina. Um rio, ponte, um monte com chapéu de nuvem e toda uma envolvente verde e pura: é um quadro! Se tiverem tempo explorem mais a zona pois há trilhos para subir a montanha e para ir a outros sítios que não sabemos quais (havia placas a marcar trilhos de 30km…). 
 
Lembram-se de falar dos mosquitos? Pois, encontrámos-los de novo, nas Fairy Pools. Um sítio super giro, que merecia uma manhã inteira a apreciar e a fotografar e a inspirar a beleza, e que foi estragado por estes seres! Não podíamos parar 1min, caso contrário éramos devorados. Ainda por cima chovia, havia lama, estava escorregadio. Ainda assim, é local belo seja em que condição for. O riacho desce a montanha e vai criando lagos e poças e cascatinhas por onde passa. Tem um estacionamento à borla em cima, e outro pago em baixo. Se estiver a chover optem pelo pago…. 
 
Dormimos em Portree, uma vila muito pequena, com um takeaway chinês que nos providenciou o jantar do dia. 
 
Dia 6 
Começámos o dia cedinho para ir ver o Old Man of Storr. Uma zona acidentada rochosa, onde existem uns pináculos esquisitos. Talvez o nome advenha da semelhança dessas rochas com a figura de um velhote. De uma forma ou de outra, quando chegámos, percebemos que iríamos ter um verdadeiro dia escocês… Enquanto subíamos rapidamente reparámos que o céu fechava, um nevoeiro cerrado. De tal forma que chegou a ser cómico quando notávamos que nós e outros turistas andavam de nariz no ar a perceber onde estavam as tais rochas…. O local deve ter vistas deslumbrantes e ele próprio é um retiro de natureza e tranquilidade. Mas nós só ficámos com as últimas partes…
Estrada fora parámos para ver Mealtfalls. Uma queda de água diretamente da falésia para o mar. O equivalente ao nosso véu na Noiva na Madeira. Mas esta queda tinha pouca água, portanto a expetativas que tínhamos das imagens que levávamos foi defraudada… Mas eis que depois de um duque veio um ás! Chegámos a Quiraing. Que zona espetacular! O nevoeiro lá decidiu levantar um pouco a saia e deixou-nos espreitar estas paisagens magníficas e que, julgo eu, deverão ser únicas. Nunca tínhamos visto nada assim. É um verde a perder de vista, como se este pedaço de terra tivesse sido banido de planos urbanísticos, construções, estradas, etc. Só se vêem as ovelhas e os pequenos trilhos por onde podemos caminhar. 
 
Mas, se isto era um ás, então a seguir tínhamos um ás de trunfo! Mais um cenário que poderia ser usado num qualquer Game of Thrones, sem qualquer manipulação: Fairy Glenn! O nome invoca fadas e de facto é o que parece: uma pintura de um conto de fadas. Admira-me não termos visto pequenas mulheres com asas e ar de princesa Disney! No mesmo sítio há um tal Castelo Ewen, que na verdade não é castelo nenhum; as rochas parecem ser um torreão e as pessoas acharam por bem baptizá-lo de Castelo…. Assim como existe um pequeno círculo de rochas, parecendo ser algo místico e medieval; não é…. é só parvoíce turística…. Ambos locais têm sempre trilhos por onde podem e devem deambular. 
 
E eis o grand finale: Castelo Eilean Donan. Um castelo privado, que foi reconstruído na sua grande maioria, mas que conserva os aposentos e espaços de habitação da família que até recentemente lá vivia. Tem inclusivé manequins para dar um aspecto mais realista! Comprem o bilhete completo, para os aposentos privados. O Castelo em si é também dos mais conhecidos e bonitos da Escócia. Boa noite até amanhã. 
 
Dia 7
Mais um dia de natureza. Steall Waterfall. Não sabíamos muito bem onde ficava nem onde estacionar. Mas lá andámos à luta com o maps e depois de uma caminhada de 40min, eis que a floresta abre e estamos num descampado onde ao longe se vê uma poderosa cascata. Se quiserem investir um dia nesta zona, têm garantidamente trilhos por todo o lado. Nós ficámos por uma aproximação à cascata, o que valeu pés molhados, já que para passar o baixo mas largo rio, ou passam por uma ponte que é um fio metálico, ou tentam a sorte com um equilibrismo entre pedras… Seja como for, o cenário é majestoso e as fotos não conseguem demonstrar o tamanho e dimensão da cascata! 
 
De pés molhados mas vista cheia fomos até Bem Nevis. Uma montanha que oferece um carimbo a quem a escala. É uma das montanhas de escalada obrigatória; onde há várias provas para fazer precisamente isso, e era o que estava a acontecer nesse dia. Não subimos a montanha está claro, mas fomos até ao que seria o ponto A, descrito num mapa do visitor center. A partir daí apanhámos um atalho de volta, o que nos permite conhecer o espaço e o ambiente sem subir até ao cume. Se estiverem apertados de tempo, talvez possam saltar esta passagem. Mas não a próxima. 
O local possivelmente mais instagramável (adoro esta não palavra) da Escócia. Viaduto de Glenfinnan. Talvez porque diz a publicidade que aqui foram filmadas cenas do Harry Potter. A verdade é que o cenário é idílico; sei que tenho repetido isto, mas é a realidade, a Escócia é bonita e “prontos”! Neste viaduto passa um comboio duas vezes por dia; um comboio antigo, a vapor, com um apito a condizer. Convém verem os horários a que passa, na net. E vão com antecedência pois o espaço enche-se a cada janela temporal, cheio de malta de câmara na mão, tripés, etc. É uma experiência de 3min, mas vale a pena. A própria rotina de ir apanhar lugar e ver o pessoal à espera de ver um comboio passar é gira. DICA: depois de ele passar, não se venham logo embora, porque ele retorna logo (pelo menos connosco foi assim!). Depois de uma manhã e início de tarde preenchidos, o resto do dia revelou-se mais fraquinho. 
 
Fomos até ao Glencoe visitor Center, onde contávamos ter uns trilhos catitas. Nada… O centro estava fechado (às 16h) e os trilhos que por lá haviam eram fracos. Saímos em 20min. O resto da viagem foi só estrada e kms, mas valeram várias vistas por esta estrada fora entre Glencoe e Tyndrum. 
 
Dia 8
Mais um dia de kms. Foi assim que ao fim desta viagem ganhei novas dores na hérnia. Foi o maior senão desta rota; foram precisos muitos quilómetros… Adiante, lamento mas este dia foi fraquinho. Começámos por uma pequena cascata, gira, mas pequena. Vantagem: fica mesmo ao lado da estrada principal Falls of Falloch. Guardem o espaço para fazerem um picnic. Next: Loch Lomond. Mais um local agradável, mas a menos que subam o monte que guarda o lago, é um ponto de parar ver e andar…. Next: Devil´s Pulpit. Este sim, já é mais desafiante, divertido e diferente. É um canyon que pode ser acedido através de uma escadaria muito traiçoeira, com degraus do diabo. Lá no fundo sentimo-nos pequenos, no meio de um riacho e rodeados por um desfiladeiro de respeito. Se molharem os pés, podem percorrer o desfiladeiro para outras zonas. Caso contrário, ficam no pequeno espaço a seguir às escadas. Atenção à entrada para as escadas, não é onde estão todos os carros estacionados. Deixem o carro aí, mas caminhem estrada fora até passarem a ponte, e logo a seguir há uma abertura discreta no muro, que têm que transpor para ficarem do lado certo do rio! 
 
E eis que começava a vir aquele cheiro pútrido de fim de férias! 😔 Chegávamos a Glasgow. Uma cidade histórica com muito edifício antigo. A primeira paragem foi na Universidade, onde curiosamente estava a acontecer uma receção a estudantes. Ainda deu para passearmos a pé ali à volta. Estacionámos o corpo meia hora numa praça onde uma banda animava os transeuntes, que rapidamente se juntaram numa feliz e inspiradora massa humana que dançava e ria, lembrando velhos tempos pré-covid.
 
Dia 9
Este dia seria para a capital. Primeiro ponto foi claro o Castelo de Edimburgo. Este já mais semelhante aos nossos. Reservem umas duas horas no mínimo para a visita (a menos que apanhem chuva). Às 13h há um canhão que ainda consegue disparar o seu tiro de pólvora seca. O sol ia brilhando e subimos a Calton Hill. Uma colina com vista privilegiada da cidade. É um pouco deslocada do centro, por isso vão só se tiverem tempo. Neste dia dedicado à capital apostámos forte em atrações notoriamente turísticas, e não nos arrependemos. Fomos ao Dungeons! Uma espécie de casa de teatro de terror/cómico imersivo. Uma experiência que acaba por mostrar a história, sotaque e acontecimentos da Escócia; uma atração turística bem conseguida! E como se não bastasse, logo a seguir marcámos outra: Mary´s Close Tour. Esta já é mais idónea, embora continue a ser o típico chamariz turístico. É uma visita guiada pelos subterrâneos de Edinburgo, onde o guia explica como era a vida nessa altura. O sotaque é horrível, apanhávamos a frase por extrapolação…. A visita é real, e os subterrâneos existiam mesmo, por essa razão é outra atração a não perder. 
 
Depois deambulámos pela Royal mile. Que é uma rua recta, com (lá está) aproximadamente 1 milha, cheia de lojas, cafés e pessoas que nasce do Castelo e acaba no palácio Holyrood House (que estava já fechado). Ainda fomos espreitar a Catedral de St Giles onde um velhote simpático, cómico e conhecedor, iniciou uma visita, do nada, a um recanto da Catedral, Thiltes Capel. Uma pequena igreja de cavaleiros, com assentos para os mesmos e brasões correspondentes. Parecia que estávamos no Game of Thrones! Colámo-nos à visita e não percebemos se tínhamos ou não que pagar algo… mas valia dinheiro! Hora de jantar no italiano 😁
 
Dia 10 
HMY Britannia. O navio que servia a Rainha e seus amigos. O tipo de atração que alguns poderiam pensar (principalmente homens de barba forte) que seria uma seca. Não é! Passámos uma manhã inteira a ver e ouvir todas as descrições da visita. Uma atração deslocada do centro, mas definitivamente a não perder. Foi também aqui que finalmente tomámos o nosso chá com uma fatia de bolo Vitória!! Parecíamos dois aristocratas! 
 
Por fim, mais uma caminhada, ao Arthur´s Seat. Não é mais que um monte sem qualquer infraestrutura, mas faz parte do roteiro turístico, presumo eu devido à vista 360º. Mais uma vez, se estiverem de all stars e calça branca, não precisam de ir, não é algo essencial.
E assim entregámos o nosso carro de volante à esquerda, com 2500km em cima. E quem o recebeu foi: uma tuga claro está! Que fantástica forma de acabar a viagem. Uma terra que vale a pena ser visitada, sem dúvida. A localização esparsa dos locais é um entrave, mas também não precisam ver tudo de uma vez. Em relação ao tempo, não nos podemos queixar, acho que mais uma vez tivemos sorte!

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