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Islândia

Na Terra do Gelo e do Fogo, o nosso primeiro contacto foi, como em muitas outras vezes, O Táxi. Desta vez não estava ansioso por ter que ir regatear, ou tomar atenção aos trocos, ou à volta que se fazia. Islândia, embora já tenha passado por maus momentos, é um país civilizado, ocidental, e com gente pacífica. Mas, o choque traduziu-se no taxi, que por 30€ nos transportou por 7km. A Islândia é cara, algo que se calhar vou repetir ao longo do blog… Muito cara. Muito bonita, muito pacífica, civilizada; com um tempo atroz, inconstante e imprevisível. E, como também conferimos assim que chegámos às 1:00am, um país sem noite (nesta altura do ano). O que é bastante útil para fazer coisas que de outra forma seriam bloqueadas por um “não vamos que daqui a um bocado é de noite…”; por outro lado, não ajuda em nada a higiene do sono… Levem vendas!
Esta altura do ano tem obviamente mais possibilidade de bom tempo e de termos mais caminhos sem neve. No entanto, perdemos a possibilidade das auroras boreais… Têm de ser vocês a escolher o vosso equilíbrio. Em relação à comida, dada a quantidade de pastoreio existente, não duvido que a carne seja maravilhosa, mas, sendo que 3 peitos de frango custam 20€, comer um bife ficava fora dos objetivos.
Foi uma viagem diferente, onde tínhamos os sítios que queríamos ver, mas não tínhamos planeado a rota, onde e quando íamos dormir. Daí termos alugado uma pequena caravana (não mais que uma Combo transformada), que nos dava essa mobilidade, tanto a nível de dormida como comida. Temos que respeitar os locais de campismo, e não podemos encostar em qualquer lado. Além disso, a casa de banho é-nos essencial e portanto os 30€ por noite para ficarmos num campismo (que muitas vezes é apenas um campo vedado, com um pequeno WC) eram obrigatórios. Com esta ideologia de road trip, fizemos 3200km em 9 dias. Um pneu furado (que pagámos) e um vidro estalado, que não pagámos, porque também não nos acusámos.
Por último, vão ver mais fotos que texto, pois a viagem é na sua maioria viagem de natureza, com muitas caminhadas, vistas panorâmicas e quedas de água… muitas.



Dia 1
O tempo recebeu-nos com um magnífico sol! E bastaram alguns kms para ficarmos de boca aberta, admirando as magnificas paisagens. E perguntámo-nos “será que vai ser sempre assim?”. Foi. Fomos diretos a Glymur. Uma cascata que pode ser acedida por um trilho muito bonito, onde terão que passar um rio descalços, por um tronco. Duvido que aquilo seja acessível no inverno… depois da cascata podem seguir por outro trilho, mais longo 9km, ou retornar ao ponto de partida. O mais chato neste local eram os moscos/melgas ou lá que raio era aquilo. Quase que tínhamos que andar com fato de apicultor. Isto veio-se a repetir em diversos outros locais…



Fizemo-nos depois à estrada, pois tínhamos muitos kms pela frente para ir ver o Monte Kirkjufellsfoss. Monte esse que pode ser escalado por um trilho camuflado e por algumas cordas fixas de forma suspeita. Mas o furo de um pneu impossibilitou tal visita, e deu-nos aquela sensação de má sorte logo no início de férias. Informo que pneus não são cobertos pelo seguro, e portanto terão que os pagar…





Dia 2
Hraufossar é uma queda de água (lembram-se que iríamos falar várias vezes sobre isto). Não vale a pena caracterizar uma queda de água: cada uma tem a sua beleza, caudais, poder e barulho diferentes.

Outra caminhada foi feita para darmos um mergulhinho no rio quente em Reykjadolur. Também com muita mosca. Ainda que, na minha opinião, as moscas só vos chateiam se estiverem “porcos”, suados, e afins. Depois de virmos do banhinho, as moscas não nos chateavam! É um riacho, pequeno, onde podem encontrar umas poças mais fundas para se demolharem. A água é quente e o cenário é muito agradável. Não há balneários (por agora) e por isso convém levarem já o bikini vestido.



O dia ia passando e sabíamos que tínhamos que ir ver a Kerio Crater Lake. Uma cratera, que agora, cheia de água, se apresenta como um lago, onde a água é tao transparente que dá para ver um banco de jardim que ficou esquecido no fundo da lagoa. A entrada é paga, mas já que não se paga mais nada, não reclamámos. Era hora de jantar quando saímos daqui, mas como aqui não há noite, podemos sempre fazer mais alguma coisa. Sabíamos que existia uma cascata chamada Bruarsfoss. Não estava marcada, não tem placas, não tem um óbvio local de início de trilho ou coisa que o valha. Mas depois de andarmos pra trás e para a frente, perguntar a 2 ou 3 pessoas, e ter metido o carro em caminhos privados e onde o carro não era bem-vindo, lá descobrimos onde poderíamos encontrar o início que nos levava, por um cenário incrível sempre à beira da água, até à dita cascata. E que bom que foi descobri-la! Foi um desafio. Acabámos às 10 da noite, bem satisfeitos!

Dia 3
Depois de uma noite fria, num campismo descampado e com muito vento, acordámos cedo para ir ver os Geysers. A região chama-se Geysir. Vedado, mas não pago, podemos ver fumarolas, e um geyser em especial que expele a sua água a cada 8min (não cronometrados claro…). O que significa que, de quando em quando, reúnem-se algumas dúzias de pessoas de máquina apontada para o geyser, à espera do repuxo! Parece uma excursão de malucos, todos a olhar para coisa nenhuma, com a expetativa de quem espera por um presente.



Próximo destino é um postal obrigatório, a cascata de Gulfoss. Super poderosa e imponente, esteve para ser “comprada” para um projeto hidroelétrico. Diz a lenda que a filha do proprietário das terras gostava tanto da cascata que fez vários protestos e até ameaçou lançar-se à agua; conseguindo assim que o processo não avançasse. Tem um busto no local que a homenageia. Seguinte: Faxi Waterfall. Não tão imponente mas mais serena e amigável. De fácil acesso. Não tendo nós um 4x4, e com um pneu já furado não pudemos ir a Hayfoss, que estava também no mapa…




Depois de um almoço pic nic à beira do rio, com um sol radiante, e apoio incondicional da nossa carrinha, avançámos os kms que nos faltavam até à Secret Lagoon. Um local turístico, mas em quantidade razoável. Por um preço competitivo, podemos ter acesso a instalações sanitárias decentes (duche, casas de banho, etc) e relaxarmos nas águas quentes (e a escaldar em alguns pontos) de uma pequena lagoa. O tempo ideal para dispensar nestes locais, é aquele que nos permite ficar com a pele enrugada.

O final do dia seria BEM passado perto de Seljalandsfoss. Das mais bonitas cascatas, por onde podem inclusivamente passar através de um pequeno caminho que vos leva por detrás da mesma, permitindo uma chuveirada monumental e fotos fora do comum. Também permite que fiquem com as lentes e a máquina toda molhada se não se despacharem. Em dias solarengos podem ver um constante arco iris a embelezar esta senhora. Se caminharem para a direita da cascata irão também ver outras quedas de água, com acessos manhosos e perigosos! Yeah! Toda a zona é engraçada, tem um campismo bem agradável no perímetro e, se o dia estiver convidativo, tudo mais giro se torna. O que foi o caso.



Dia 4
Após um final do dia 3 bastante indeciso, apreensivo e stressante a decidir aquele que seria o ponto alto da viagem, dia 4 tornou-se de facto esse dia. Explico: existem milhentos trails para se fazer na Islândia. Mas há meia dúzia que são especiais. Pela sua distância, dificuldade e beleza. E há um, que se adequava ao que procurávamos. Dava para fazer num dia seguido, e tinha a logística necessária a quem está de férias sem complicações (pensámos nós). Chama-se o trail de Fimmvorduhals, cerca de 27km. O trail é muito difícil, principalmente porque vai ao coração da montanha, onde a neve é certa, assim como o vento, chuva, e nevoeiro. É algo complicado e difícil perceber que autocarros e que ligações podemos fazer para conseguir regressar ao ponto de partida (o trail não é circular). Mas com alguma luta, e net (que aconselho comprarem de alguma forma) ultrapassámos essa dificuldade.



A problema principal prendia-se com o nosso humilde equipamento de montanha. Que se resumia a umas sapatilhas de trekking, normais, ou seja, não completamente impermeáveis. E um casaco impermeável. Nada mais. Chegava a ser mais inadequado do que ir à neve quando éramos miúdos, em que pelo menos amarrávamos uns sacos plásticos nos pés, para não entrar água…O entusiasmo era grande, mas o cérebro não parava de pensar no que nos iria acontecer no meio da montanha, completamente molhados, pés gelados, com apenas UMA mochila impermeável e calças de pano/tecido!!! Decidimos que iriamos até meio e voltaríamos para trás. Não aconteceu assim….

O tempo estava farrusco às 6 da manha. Mas não chovia. A beleza do percurso era enorme. Estávamos radiantes. Ainda nos cruzámos com meia dúzia de gatos pingados. Mas todos eles bem equipados. O que nos fazia sempre olhar mutuamente e pensar: que raio estou eu aqui a fazer, com roupa de ir fazer uma corridinha ao domingo… os kms foram passando até que chegámos ao ponto sem retorno!! Uma ponte separa o que é verde e seco, da paisagem inóspita, escura, e nevada. Se continuássemos, o regresso significava fazer muitos mais kms que o dia permitia. Seguimos!

Andámos por neve (literalmente), por paisagem de pedra escura, vulcânica, passámos crateras. Descemos (e subimos!) verdadeiras paredes de neve; o que nos fazia rir à gargalhada. O silêncio no meio da montanha às vezes era absoluto. Não havia pássaros, animais, pessoas. Nada. O perigo era iminente. Se um nevoeiro a sério se instalasse, não saberíamos para onde ir. Tínhamos o gps com alguns pontos. Mas não tínhamos propriamente o trilho definido no mapa. Safámo-nos desta parte e começámos de novo a andar em terreno verde. Mas muito acidentado, com descidas que posso finalmente classificar como perigosas (ao contrario das avaliações que por vezes existem nos nossos percursos pedestres). Tudo isto foi feito com alegria e sensação de grande aventura. Gostaria de vos dizer que sentimos a nossa vida em risco e que por várias vezes quase tivemos que ligar aos serviços de salvamento… teria sido mais impactante dizer que a chuva era tal que os pés frios doíam e não permitiam caminhar devidamente. Tudo isto é perfeitamente enquadrável e possível de acontecer neste trilho, mas com uma incrível sorte, não apanhámos chuva; o nevoeiro existia mas dava sempre para ver o próximo marco e pegadas, e os ventos não sopraram! Tudo foi tranquilo; obrigado ao S Pedro de lá! Repetimos, será muito pouco provável que vos aconteça o mesmo, não arrisquem.



O autocarro de regresso era às 15hr. Se o perdêssemos, teríamos uma espera de 4hr até ao próximo, num local onde não havia grande coisa para fazer. Os últimos metros foram feitos a correr e SIM, o autocarro estava lá, imponente, com os seus 32 anos, rodas gigantes, e aspiração do motor elevada, à nossa espera; no centro de visitantes de Basar. A viagem de autocarro leva-nos a atravessar rios, que chegam ao vidro, e que no inverno chegam mesmo a entrar no autocarro! A viagem é bastante acidentada, até que depois se começa a tornar monótona. O embalo da carreira, aliado ao cansaço fome e moleza, dá vontade de adormecer. Chegando a Seljalandsfoss tínhamos mais 1,5hr de espera até ao autocarro que nos levaria ao ponto de partida: Skogar. Nesse dia, por razóes óbvias, precisávamos mesmo de um banho quente. Azar dos azares, os campismos disponíveis e perto de nós, já não tinham esta benesse, pelo que tivemos que pagar 170€ numa guesthouse (porreira) por uma noite e um banho!

Dia 5 
Hoje é um dia mais calmo. Com muita estrada e com um final brilhante e branco!

Começámos por visitar os destroços do avião militar caído em 1973, nas areias pretas da praia Sólheimasandur. Os destroços nunca foram retirados, e criou-se ali assim um ponto turístico. A tripulação sobreviveu e suspeita-se que o avião tenha caído por falta de combustível; nada de dramas. Mas o deserto visual do local, aliado aos destroços nus do avião, tornam a visão teatral. Há um parque a 3km para deixarmos o carro, e uma longa caminha, monótona e reta, até ao avião. Vale a pena? Não. Mas ao mesmo tempo sim, percebem?...



Depois disso fomos atrás dos puffins. Uns passarinhos engraçados de ar cómico, típicos daqui. Mas que não são fáceis de observar. Um ponto de observação é a vila de Dyrhólaey. A única coisa que vimos eram gaivotas malucas e patos marítimos, quase surfistas.

Seguimos para a praia de Reynisfjara, onde está a famosa caverna embutida em pilares hexagonais, típicos dos fenómenos vulcânicos. Estive meia hora à espera que um chinês saísse da frente da máquina. Mas ele estava concentradíssimo em algo que eu não percebi o quê… não tive coragem de lhe pedir para sair.



Depois disto esperaram-nos muitos kms de estrada. E nesses kms, passámos nos chamados campos de lava. Não, não é tão dramático e aventureiro conforme parece; são campos de lava, mas já seca. O tipo de rocha, e o musgo típico que cobre a mesma, pinta uma paisagem específica e que de facto parece um deserto lunar. No meio da viagem passámos no Canyon Fjadrargljufur, que é acessível por um trilho delineado e turístico. Novamente, a transparência da água é algo anormal.



O dia estava a acabar (sendo que esta expressão é apenas uma forma de falar…) e aproximávamo-nos do que seria o cenário diferenciador desta viagem. Neve é o tipo de destino para o qual não apontámos o leme. Estar no meio de um glaciar não era por isso algo a que estivéssemos habituados. Ao chegarmos ao centro de apoio de Skaftafel, deparámo-nos com imensa malta nova, muitas vans e muito pessoal que se prepara para as tours de caminhadas sobre o glaciar. É também daqui que partem vários trilhos para o parque circundante. Fizemos alguns, nomeadamente aquele que nos leva ao glaciar! Um local quase divino. O nevoeiro que se impunha só ajudava a ampliar a mística do local. Muito sereno, muito branco, muito poderoso. Podem também tomar outros caminhos para verem uma cascata que cai no meio de uma meia-lua de pilares hexagonais.



Já era tarde, mas tínhamos que ver ainda a lagoa de Jökulsárlón. Aqui era tudo ainda mais incrível. Podem perder-se horas só a contemplar o poderoso branco, o som dos glaciares a partirem, as focas que muito discretamente aparecem aqui e ali. Já era tão tarde, que os campismos não tinham ninguém nas receções. O que implicou uma estadia à borla, com uma fuga matinal para não pagar a mesma.




Dia 6
A Hengifoss é uma cascata bastante alta, acessível por um trilho duro, sempre a subir, com algum pó, e que poderá estar apinhado nas épocas altas. A cascata em si não deslumbra, mas a vista para o enorme rio Strútsá vale a pena. A própria estrada para chegar aqui é florida, engraçada, e com vários parques para merendarmos.



Perto do campismo onde viríamos a pernoitar (bem bom por sinal), existe uma cidadezinha engraçada, Seyðisfjörður, muito artística, com umas casas catitas e um ambiente muito descontraído. Os iglos que podem ver nas fotos é uma criação artística, sonora, em que podem experienciar a geometria do som… dito assim parece interessante, mas é como Há, como de costume, vários trilhos que podem fazer, e que passam por várias quedas de água e riachos. O cansaço não nos permitiu fazer tais visitas.


Dia 7
Dettifoss e Selfoss. Duas cascatas que podem ser visitadas a pé, existindo um trilho que liga as duas. O problema é chegar lá. Principalmente para quem tem um pneu furado e os que sobram, carecas… a estrada é longa e não é pavimentada.



O dia estava farrusco e húmido. Seguimos para Asbyrgi. Um canyon com um centro de interpretação, de onde podem retirar muita informação. Podem caminhar 9km até ao lago, ou ir de carro. Lago esse que encerra o canyon. Os patos, patinhos e peixes ocupam a paisagem e conferem uma beleza ao lugar, já de si bonito, aconchegado por enormes desfiladeiros. Estamos portanto, num buraco.




Hverir é uma zona geotermal, com vários Mud Pots. Na região de Myvatn, é frequente vermos fumarolas e coisas do género. Mais particular é um lago que nos prepara para aquilo que viria a ser a Blue lagoon. É um lago bem mais pequeno, mas mais azul! A única coisa que fica mal é o ambiente industrial circundante, com tubagens e chaminés, que provavelmente aproveitam a energia geotérmica. Além deste lago, há uma zona de fumarolas onde podem também cansar as pernas mais um pouco e subir a colina para uma paisagem incrível.


Para quem quer relaxar e quer pagar mais um bilhete para piscinas de água quente, têm Mývatn Nature Baths. E também perto daqui, há uma gruta, Grjotagja, no alinhamento de uma fenda bastante pronunciada, que se estende por largos metros, lagoa essa com água a escaldar, e clarinha! Antigamente os turistas tomavam lá um banhinho, mas agora é proibido. E sinceramente, gostando eu de água quente, aquela era capaz de nos cozer qualquer coisa. Notem que não é uma lagoa grande, é tipo uma banheira gigante, coberta e tapada pelas rochas. A própria entrada e saída é feita por uma precária abertura! Na parte exterior, conseguimos ver a enorme cratera Hversesfal. Continuando a estrada, e passando por mais alguns robustos cavalos islandeses, encontramos umas craterinhas. Com um percurso muito simpático, que passa por todas elas, à beira de um lago. Percurso que poderia ser bastante melhor, não fossem os batalhões de mosquitos que nos atacam. De tal forma, que temos que cobrir a cabeça! Esta região é a Skutustadir. De novo, a suposta noite já vinha rápido mas tínhamos que fazer a paragem obrigatória em Godafoss. Havendo wikipedia, não vou colocar aqui todas as histórias associadas aos locais, mas este nome tem a ver com estatuetas pagãs deitadas à cascata, daí o nome cascata dos deuses.




Dia 8
Este dia foi o mais cansativo, pois além de ter uma semana de cansaço, era também o que passava na zona norte, mais despida e menos “interessante”. Parámos em Akureyri, um patusca cidade costeira, onde simplesmente passeámos. Uma surpresa muito agradável, que estava fora dos mapas, foi Glaumbauer. Seguimos as setas de marcação de ponto de interesse e demos de cara com umas casinhas, feitas de turfa, muito catitas e arranjadinhas, que deram das fotos mais bonitas da viagem! Por fim, mais uma estrada, longa, de gravilha, para ir ver aquilo que se pode descrever como: uma pedra… é uma formação rochosa vá. Quase desistimos, mas tudo apontava para aquela direção, até que sim, encontrámos a famosa pedra ligeiramente afastada do areal, como se a erosão se tivesse esquecido de passar por ali… É aqui Hvitserkur.






Dia 9

Visita obrigatória a Reykjavik. Com a sua igreja de colunas parecidas com as formações hexagonais já vistas anteriormente. Só um aparte, aqui as igrejas são recentes, simples, claras e sem todo o ouro e riqueza que vimos nas nossas. Ao fim da rápida visita pela não tão grande cidade, tínhamos marcação na Blue Lagoon. O local mais turístico sem sombra de dúvidas. Na minha opinião não vale o dinheiro do bilhete e dos transportes até la. Há varias lagoas mais pequenas, também quentes, espalhadas pelo pais. Esta é maior, mais bonita, podem pôr lama na cara e tem outras infraestruturas como saunas, banho turco, etc, mas não vale os mais de 100€ por bilhete.




Islândia: incrivelmente bela! É melhor irem entretanto, já que parece vir a ser modinha entretanto, graças às novelas, filmagens e outras propagandas do entretenimento.

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