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Croácia

Croácia, a pérola do adriático!
O segundo território da ex Jugoslávia a pertencer à união Europeia (2013). Tal facto aproximou-a também do apetite turístico. Sinto que tivemos o privilégio de conhecer a Croácia num espaço de tempo vantajoso. Acredito que se venha a tornar um destino massificado e “mainstream” dentro de pouco tempo, e embora isso tenha vantagens, tem também inconvenientes óbvios. Não é um território que ouçamos falar nas notícias. Não conhecemos a cultura, a situação económica, muita gente nem sabe onde se situa geograficamente, e não tão poucos associam a Croácia à antiga guerra com a Sérvia e reagem à nossa viagem com um espantado “e vocês vão p’ra lá?! Aquilo não anda em guerra?”.

Compreende-se. Possivelmente as últimas notícias sobre a Croácia foram na altura dessa mesma guerra, que não dista tanto como se pensa. 20 anos passaram desde o final dos conflitos. E temos de ter isso em mente de uma forma constante ao visitar o país. É lindo! Tem paisagens naturais inigualáveis. E quando vamos às urbes por vezes damos por nós a dizer “estes tipos podiam ter um pouco mais de cuidado com isto” ou “isto tá um bocado ao abandono”, “está algo destruído”. Quando estes pensamentos ocorrem (não muitas vezes) lembramo-nos então “bolas, esta gente teve 20 anos para reconstruir tudo, e conseguiram. Que mal tem se alguns sítios não estão ao nível da capela Sistina?”. Os próprios croatas, creio eu, ainda não estão preparados mentalmente para “aturar” os turistas. São pessoas fechadas e não são simpáticos no que toca ao atendimento ao público. Por outro lado, não vimos confusão nas ruas, não vimos vandalismo, grupos com aspeto de quem procura “molho”, meliantes, trapaceiros e “gunagem”. Sente-se segurança nas ruas e um sentido de paz geral. Os locais são limpos, bem organizados, boas estradas, boas infraestruturas. Falta uma rede de transporte mais versátil e melhorada, mas com o tempo ela vai com certeza chegar.

A nível paisagístico parece-se muito com Portugal, oferendo montanha, campo, urbe e praia. No entanto, é neste último ponto que as semelhanças se distanciam, e que mantêm o nosso Portugal no top. As praias Croatas, ainda que com água cristalina e uns graus mais quentes que o nosso Atlântico, não têm areia! Nem sequer têm o mesmo espaço que as nossas. De resto, as vistas naturais dos seus parques e imensas ilhas são incontornavelmente únicas!

A viagem foi feita numa semana, e na nossa opinião, da melhor forma que atualmente é possível conhecer o País: de carro. As cidades principais alinham-se ordeiramente pela costa distando de si em média, uns 150km. Por essa razão, descemos desde Zagreb, para Zadar, Split, e Dubrovnik. O país é pequeno e felizmente estas cidades ainda não estão pejadas de hotéis. Aparthotéis, hostels, apartamentos privados, são os alojamentos mais usados. Os preços praticados são um grau superior aos praticados nas terras Lusas. Claro, estamos sempre a considerar os centros das cidades. Da mesma forma a comida, gasóleos, roupa, compras, etc, seguem o mesmo padrão. As cidades que visitámos tiveram todas a mesma abordagem, preferindo a locomoção pedonal a qualquer outra. Ruas estreitas, com muito turista, restaurantes e lojas, monumentos, praças e casas de estilo antigo e histórico, é o cenário comum em todas elas.

1º dia, a capital Zagreb.
Tivemos uma tarde para visitar o possível. Como disse acima, a melhor forma de conhecer é começar a caminhar. Para comer recomendo o restaurante Leonardo, perto da Catedral. Boa localização, esplanada agradável e preços super amigos. A nível de monumentos, o cabeça de lista é a Catedral, com o Pilar de Maria à sua frente.













Mais abaixo temos uma movimentada praça com a estátua de Ban Josip Jelačić. Fugindo do centro histórico, encontramos vários parques luxuriantes, onde podemos encontrar o Palácio das artes, a estátua de Roi Tomislav e o Teatro Nacional. Subindo à parte superior de Zagreb, que poderemos aceder por elevador (o de mais curta duração do mundo) temos as melhores vistas para a Catedral, e podemos visitar a gótica igreja de São Marcos com o seu telhado inconfundível. Perto desta igreja existe também um túnel, Stone Gate, onde se encontra um pequeno altar, e onde, surpreendentemente encontrámos uma espécie de “meet”, à noite, com os devotos a celebrarem uma missa ao ar livre, bastante relaxante e tradicional.



Se nos afastarmos um pouco mais do centro (convém ir de carro), podemos admirar a grandeza e magnitude do cemitério de Mirogoj. Um cemitério enorme, semelhante ao de Pere-Lachaise em Paris, mas mais cuidado, mais verde, e mais limpo. Porquê visitar um cemitério?! Esta malta é macabra! Nem por isso, é como se fosse um jardim da cidade, sendo que temos de o encarar com mais respeito e descrição.
 



A noite caiu cedo e valeu a pena procurar a melhor vista sobre a catedral.


2º dia: Rastoke e Lagos Plitvice.
Iríamos passar 2 dias em Zadar. Sendo que o primeiro teria uma pausa prolongada no caminho para parar naquela que será a imagem de marca da Croácia. Os Lagos de Plitvice. É daquelas maravilhas que a natureza nos oferece e que nos faz lembrar que vivemos num planeta incrível. É difícil descrever o sítio sem recorrer a muitas fotos. E é isso que vou fazer. Posso resumir que é um parque natural, que coloca a fasquia muito elevada no que toca a paisagens belas. Todas as cascatas de água, que vi até hoje, ficarão reduzidas a um fio de água de uma torneira de lavatório. Não pela magnitude, mas também por todo o enquadramento das mesmas, o tipo de cascata, o sítio onde está localizada, o barulho que faz, etc. Tem imensa água, tem imensos trilhos construídos em madeira, tem barcos que fazem ligações entre pontos, assim como autocarros, tem água transparente e tem um verde que ocupa cada pixel da câmara! Faço um parêntesis para referir que nesta viagem fomos abraçados por uma chuva que nos obrigou à aquisição de 2 impermeáveis vendidos por um comerciante ávido por esgotar o stock no mais curto tempo e pela maior margem possível, com uma qualidade mínima, sabendo que ou era isso, ou era uma molha descomunal. Neste dia em especial a chuva foi intensa, e nem assim (e aqui volto à linha de pensamento) retirou beleza ao sítio. Apenas me pergunto quão mais belo seria num dia de calor e sol à moda Portuguesa?...



No entanto, e fazendo uma manobra literária arriscada, adianto que antes de chegar a estes Lagos, tivemos uma introdução a esta visita, que é a aldeia de Rastoke. Uma aldeiazinha pitoresca, escondida no meio de água, água e mais água, verde, animais, e um rio. É um espaço pequeno, mais vale a pena pagar as 12Kuna de entrada e entrarmos neste mundinho naturalmente belo.





3º dia: Zadar.
Esta cidade, ao contrário das outras, tem um bilhete postal mais anunciado: o Orgão do Mar e o Greeting the Sun. O primeiro é algo incrivelmente simples, atrativo e original: através de uns degraus que entram no mar, as ondas do mesmo entram por umas reentrâncias colocadas nos degraus, que ressoam com a água, e tocam uma determinada frequência; o resultado é uma espécie de música… harmónica ou não, produz um som relaxante. É uma vista um pouco idiota ver a malta sentada concentrada nesses degraus, a fazer… nada… simplesmente a ouvir aqueles assobios. Já o segundo é um círculo gigante no chão, construído com painéis foto voltaicos e leds, que à noite dançam de uma forma aleatória, iluminando-se em várias cores.

 

Por falar em sol, dizem que o pôr do sol de Zadar é dos mais belos do mundo. Mas eu não sei se acredito… principalmente porque nas duas noites que lá passámos, sofremos um bullying severo das nuvens que insistiram em não nos deixar ver nada… Igreja de São Donato, Fórum Romano, Igreja de Santa Maria, Porta di Terraferma, são estes os monumentos mais icónicos. São fáceis de encontrar, basta deambular pela cidade. Que por si só já é bonita, dentro do estilo já antes referido. Podem e devem subir à torre da igreja, onde terão uma vista privilegiada da cidade. O centro histórico é pequeno, e o exterior não parecia merecer umas fotos no rolo.




Assim sendo, e com a ajuda básica, seca, e rápida do turismo, decidimos visitar Pag e Nin. Duas localidades afastadas, muito pitorescas e isoladas. Não têm nada de concreto para ver, mas vale a viagem, quanto muito pela sua pacatez e calmaria. É como ter casa em Albufeira e preferir dar um Pulo ao campismo de Vila Nova de Mil Fontes (que já aqui mereceu um post e que adoramos).



 

4º dia: Zadar, Krka Park.
O Park de Krka é um primo mais novo de Plitvice. É muuuuito mais pequeno. A rota pedestre delineada tem 2km. Portanto, com calma, a tirar fotografias prolongadas, a ajeitar composição, tripé e parâmetros, a falar ao telemóvel com chamadas de trabalho, ainda assim, conseguimos estar despachados em 3 horas. NO ENTANTO: sabíamos pelo mapa que ali perto estavam outras atrações. A questão prendia-se com ir a pé e à aventura ou ir de carro. Dado o tempo escasso, e a roleta russa da meteorologia, optámos pela segunda. E não nos arrependemos; conseguimos encontrar um outro local, que daria acesso à cascata Roski Slap.
 
 
 
Não era que precisássemos, mas queríamos. Sim era mais uma, mas ao menos iria ficar no postal. E como um extra bónus por termos demonstrado este interesse, este pequeno local ofereceu-nos uma escadaria de 600 degraus, que deu acesso a uma visita a uma gruta, onde há muito tempo já gente dormiu, comeu e fez outras coisas que se fariam há milhares de anos. E claro, estando esta gruta no topo do penhasco, a vista encontrada foi incrível!


5º dia: Split.
A cidade tipo Mónaco!! Nunca fui ao Mónaco, mas é assim que o imagino. Uma marina cheia de iates “mete nojo”. Barcos, veleiros, esplanadas, um calçadão, turistas, muita malta nova, muito movimento. E finalmente conseguia ver uma praia croata. Praia essa com terra, ou então com cimento. Eram as duas opções.



Voltando ao centro, novamente: ruinhas, monumentos, gente, restaurantes… lembram-se? Estava a ser rodado um filme dentro da cidade pelo que não conseguimos ver todos os monumentos. Adianto também que a Croácia foi palco de filmagens do famoso Game of Thrones. A Catedral St. Duje retém para si grande parte das atenções. Podem comprar um bilhete geral para visitar a Catedral, subir à Torre, ver a Cripta e o Templo de Júpiter. Split é mais turístico e portanto apela também ao consumo, sendo que encontram uma panóplia de excursões, desportos, visitas guiadas, etc, à disposição. Uma das excursões populares é um salto à ilha de Hvar. Não fomos, por limitação de tempo, pois a viagem toma para si 2horas. Têm várias Gates (Golden, Silver e Iron Gates) que abrem a cidade ao exterior da muralha, e convém passar em todas elas, para terem a certeza que visitaram tudo. Podem também encontrar muitas lojas e no nosso caso uma feira bastante apetrechada de roupa. A noite é cheia de “glamour e gente bonita” (é uma frase bastante usada nos programas estúpidos sobre os vips, nos fds ao final de almoço…).




 
6º e 7º dias: Dubrovnik

 
Esta é a cidade postal, a cidade mais emblemática, talvez a mais bonita, e sem dúvida a mais turisticamente orientada! Uma “old city” cercada por uma muralha, onde se filmaram várias cenas do Game of Thrones. Aliás, será fácil de inferir que se uma série deste calibre foi aqui filmada, há que aproveitar o potencial e vender excursões, panfletos, livros que mostram onde e como foram feitas as filmagens!







Dubrovnik tem um porto marítimo ao estilo pirata das Caraíbas, tem uma Muralha que pode e deve ser percorrida a pé (pagando o bilhete claro). Aconselho a controlar a ganância da visita e guardar esta para o final do dia, para coincidir com o belo pôr-do-sol. Terão assim posições privilegiadas para admirar o astro rei. Muita loja, restaurante, gelados, e escadas!



Palácio dos Reitores e Catedral, Rua e Palácio de Sponza. Passando pela a obrigatória Stradun, a arteira principal da velha cidade. Fonte pequena de Onofrio, onde podem sentar-se e apreciar um gelado, ao mesmo tempo que analisam os comportamentos curiosos do turística asiático…


A Fortaleza Lovrijenac fica na parte exterior das muralhas e poderá ser o primeiro local a visitar, sendo que têm uma vista sobre a cidade que futuramente irão desbravar. Para uma vista ainda mais única, subam ao cume pelo teleférico e guardem um espaço no rolo para uma foto panorâmica. Existe também um caminho longo e duro que poderão fazer a descer por exemplo. Se a economia deixar, comprem também o bilhete para o museu da guerra, onde ficarão a conhecer a incrível história deste persistente país. No cume há também uma variedade de escolha de atividades radicais, como buggies, passeios btt, caminhadas, etc. 



Impõe-se um afastamento temporário da cidade, para visitar a ilha de Lokrum, tão fotografada como a própria cidade. Uma ilha pequena, que podem percorrer a pé (aliás, não têm outra escolha) e onde podem principalmente descansar. Existem as já referidas praias de cimento, onde estender uma toalha é um gesto um pouco… parvo, mas que é a única forma de se esticarem ao sol e mergulhar nas temperadas e límpidas águas do adriático. A ilha tem no entanto as suas próprias vaidades, um jardim botânico, um mosteiro abandonado e algo desprezado, um forte também despido de qualquer artefacto, mas que oferece uma vista bonita, uma lagoa a que chamam de Dead Sea, devido à elevada salinidade. Existem ligações regulares de ferry com a ilha. À noite, garantam que apanham pelo menos 2 espetáculos dos músicos de rua, que devem fazer castings, pois são todos muito bons!



É isto. Croácia vale a pena, enquanto não é inundada por turismo agressivo e explorador. Ainda encontramos croatas a gerir todos os negócios, conseguimos conhecer este povo de uma forma mais autêntica. Os voos não são caros, não há qualquer choque cultural, sentimo-nos em casa. Esta viagem, com o carro, ficou em cerca de 1800€. Podem poupar mais se filtrarem mais a vossa escolha de alojamento e prescindirem dos pequenos-almoços.

Comentários

  1. muito bom ... parabéns. SORTUDOS. Telmo

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  2. Que lindas férias!
    Que boa e útil descrição, permitiu-me viajar sem sair de casa, obrigada, Mics

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