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Amesterdão, Holanda

Em tempo supostamente primaveril, rumámos à Holanda. Terra das socas, tulipas, moinhos, bicicletas, e outros… O frio apertou com toda a força.Começo por descrever o que mais gosto nessa bela atividade de viajar: a cultura, o ambiente urbano, as pessoas. Esta viagem é um pouco diferente das outras, na medida em que não tínhamos um roteiro completamente definido. Amesterdão é uma cidade pequena. Onde podemos e devemos andar bastante a pé. Até porque andar de carro não é agradável nem barato. Amesterdão é uma cidade amiga do ambiente e pretende eliminar esta praga motorizada. Para isso, tem uma estrutura de ciclovias extremamente bem organizada. As bicicletas decoram todos os gradeamentos, postes e outros equipamentos que permitam amarrar um cadeado.


Como disse, não é uma viagem de se fazer com um mapa e uma check list. Se andarmos a deambular pela cidade, conseguimos encontrar todas as principais atrações. Há muitos museus a visitar. Há muitos cafés e restaurantes. Há muitas bicicletas e há um bom sistema de transportes públicos. Em 4 dias posso afirmar que conseguimos ver tudo o que é mais importante. Fora de portas vale a pena visitar Zaanse Schans, onde podem gratuitamente visitar os típicos moinhos. Um espaço calmo, relaxante, verde e bonito. Também fora do centro há um idílico parque, com majestosos tapetes coloridos de tulipas, e que… nós não fomos visitar, pelo que não há fotografiazinha. É o Kenhoff de que se fala. O orçamento já estava esgotado, e como estávamos em meados de Março, iriamos correr o risco de ver os espécimes ainda por abrir. Mas é um local obrigatório e que dará com certeza para a secção de foto-postal do vosso álbum.



Como tinha referido, não houve um guião organizado que permite descrever por itens e por com uma sequência cronológica definida cada dia de viagem. Ao invés, da mesma forma que andámos a vaguear, também assim vou abordar no texto, ilustrando com imagens os sítios onde fomos passando.

Amstel Park.
O mais engraçado sobre este parque é que ninguém sabia onde era. Até os polícias, que ao verificarem que não nos estavam a conseguir ajudar, acabaram por nos dizer vão antes à “Heineken Experience” que é mais engraçado! Já que evoquei o assunto aproveito para falar já nele, ainda que tenha sido um dos últimos locais a ser visitado.
Heineken Experience.
A Heineken é como toda a gente sabe: uma cerveja, holandesa. A visita à antiga fábrica permite ver o processo antigo de fabrico. Permite conhecer a história dos fundadores e da criação da própria bebida. E sim, permite que se possam beber 2 geladinhas em certa parte da visita. É uma atração interessante, principalmente para quem gosta de cerveja, embora o preço seja um pouco elevado para o tipo de visita.


Madame Tussaud e Dungeon Experience.
Há duas atrações mais divertidas e menos formais que devem ser vistas: Madame Tussaud e Dungeon Experience. Podem comprar o bilhete para os dois com desconto. O primeiro dispensa apresentações, mas o segundo é algo que nunca tínhamos experienciado! Um teatro com atores “vivos” em cenários de outro mundo, que nos transportam para outra dimensão. Vale mesmo a pena.


Amstel Bos Park.
No último dia caminhámos (bastante) para chegar a Amstel Bos Park. um enorme local verdejante, atravessado por um canal (creio que artificial) de água, onde praticam canoagem. O dia não estava muito alegre ao nível da luminosidade, mas num bom dia de sol, com centenas de pessoas a passear, correr, andar de bicicleta, deverá ser um sítio mais especial.






Ao nível daquele que é dos maiores obstáculos à malta tuga (a mim pelo menos), a comida, a holanda apresenta um leque pouco variado (pelo menos nas zonas mais turísticas) de oferta. Percebe-se que os restaurantes não são tipicamente holandeses (aliás, não cheguei a perceber se a Holanda tem pratos típicos), são italianos, chineses, argentinos, etc. E os preços rondam sempre 15€. Encontrámos um restaurante português!!! (que nunca teve donos portugueses...) mas onde podemos comer sardinhas, e esse alimento requintado que não se encontra facilmente no estrangeiro, que é a batata cozida.
A Holanda é segura, é civilizada, tem um bom sistema de transportes (embora algo confuso), é bonita, pequena, evoluída cultural e economicamente.



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