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Roma, Itália

        Até então, este blog serve-nos como um arquivo de memórias de viagens realizadas em território tuga (excepto a última, mas como era bem perto não conta). No entanto, como nem só da pátria vive o homem, decidimos partilhar vivências extra fronteira. E a estreia desta nova modalidade é feita com uma ida à cidade dos gladiadores: Roma.
        Antes da habitual resenha pelos dias do período de vacances, apetece-me apresentar a minha visão e opinião geral da cidade/país. Ainda que tenha amigos italianos que me vão dar na cabeça, lamento dizer que houve vários aspectos que me deixaram com má impressão desta “bota” mediterrânea, ou pelo menos destes romanos. As pessoas mostraram ser, como direi, não muito simpáticas. Não há sorrisos, não há desculpas, com licença, obrigados ou depois de si. Mesmo em restaurantes e serviços onde obrigatoriamente deveria haver a uma atenção especial… nada! Não sei se é por toparem que somos tugas ajudados pelo FMI (ainda que eles não estejam muito longe) ou se é por saberem que há partida não lhes vou deixar 10€ de gorjeta como os amigos alemães ou ingleses.
        Outra coisa má é a organização, limpeza e civismo geral da população em relação ao sítio onde vivem. As ruas parecem palcos por onde passaram desfiles recentemente, os grafitis dão um toque colorido em tudo que é parede. Ainda que a maior parte seja pouco criativo e completamente desnecessário. Como as típicas demonstrações de amor do Ze+Maria 4 evar. A consequência é um aspecto de gatunagem e malandragem um pouco por todo o lado. O trânsito e comportamento ao volante incute no peão uma audácia e concentração que julgava não possuir. Atravessar numa passadeira pode ser por si só, uma aventura.

        Mas a cereja no topo do bolo são os assaltos. São efectivados dentro de estabelecimentos comerciais, de uma forma discreta, sem violência, sem hipótese de fuga, e realizados pelos próprios trabalhadores do estabelecimento. 1º: indo comer a um restaurante vão pagar uma taxa media de 1€ por pessoa, sem que esse valor esteja descrito na ementa ou em qualquer outro lugar. Se tiverem azar e apanharem um estabelecimento mais radical pagam também o "cover". Que pode ser de 4 €. Que é como um aluguer das mesas, cadeiras, pratos, guardanapos, etc. Nem eles próprios se dão ao trabalho de ter uma explicação racional para tal valor. Outro conselho, não substituam um acompanhamento de batata frita por exemplo, por esparguete, pois embora na cozinha abunde este barato alimento, eles vão-vos cobrar 7€ por um prato de esparguete simples… resumo: num restaurante que infelizmente não me lembro o nome pagámos, 2 pessoas, por um prato de esparguete, uma carbonara sem bacon e com pouco ovo, um lombo assado e aquecido no microondas e uma água, 30€. E escusam de refilar muito em inglês porque o conhecimento geral da  linguagem universal é muito reduzido.
        Vamos ao que interessa.

Dia 1
        Do aeroporto gastamos 16€ para apanhar o comboio para o centro. Depois de passar por alguns bairros sociais, grafitis e T0´s sem parede localizados debaixo de pontes, chegamos ao hotel. Que fica afastado do centro histórico. Estrategicamente localizado num instituto de apoio à imigração, a sua vizinhança dá um aspecto muito duvidoso a tudo que ali se encontra. Mas, era porreiro.
        Demos uma voltita por ali, compramos os bilhetes do metro, essenciais para nos deslocarmos e tentámos absorver um pouco dos costumes tradições e falta de sorrisos.

Dia 2
        Fomos visitar a parte menos comercial de Roma. A parte mais sombria, que não aparece nas fotografias, muito devido ao facto de não as deixarem tirar. Refiro-me às catacumbas. Segundo percebi da explicação de um monge em inglês, os mortos antes eram enterrados fora da cidade e para não ocupar espaço, aproveitaram a macia consistência da rocha para escavar túneis onde albergavam as tumbas dos que passavam para a terra dos pés juntos. Há várias catacumbas espalhadas numa rede complexa, mas as mais conhecidas são as de San Calisto, San Sebastian e San Domenico. São relativamente fáceis de encontrar e localizam-se na Via Appia Antica, onde se consegue chegar de autocarro com alguma facilidade. Esta via ápia é uma estrada romana grande, verdejante, circundada por jardins. É bonita para se passear. As catacumbas estão assinaladas, mas é preciso alguma ginástica logística para se conciliar as visitas pois uma fecha à segunda, outra à terça e outra à quarta, etc. Todas as entradas são pagas, entre 7 e 8€. As fotografias são proibidas e aconselha-se ir com um guia espanhol pois o inglês italiano é difícil de perceber.



        Sabíamos que por ali se encontrava a Porta de San Sebastian. Iniciámos a nossa demanda e andámos 10km… para ver um portal de pedra, com um museu adjacente, que estava fechado. Foi um tiro que se gastou.

        Depois das catacumbas, que recomendamos visitar, fomos ver o Coliseu Quadrado, que se intitula como um dos edifícios com a arquitectónica mais assustadora do mundo, sendo do tempo fascista de Mussolini… Sou Eng. mecânico, não vou opinar. De facto é imponente, grande, e quadrado. E mais importante que tudo isto, é que estava fechado para obras. Ora, quem tem uma maçã e uma sandes mal comida o dia todo fica um pouco desiludido com isto.

        O metro para ao pé da Basílica de San Paolo. Uma basílica grande, para não variar, com muito ouro e com um parque mal amanhado onde havia malta a passar o que resta do final do dia. Já de noite decidimos parar no Coliseu só para dizer olá. E a primeira abordagem da ladroagem foi levada a cabo precisamente aqui. Fomos comer uma fatia de pizza e uma fatia de tarte a um café e deixámos lá 8€. Siga!



Dia 3
        De manhã fomos directos à Praça de Espanha. Uma grande escadaria, muita gente, poucos carros. Um sítio agradável para simplesmente… estar. Adjacente a esta praça há várias ruas comerciais, estreitas, com grande movimento, e com lojas caras. É curioso passear por ali e ver o que o pessoal com muito dinheiro faz a esse mesmo dinheiro.


       
        Também a pé dirigimo-nos à romântica Fonte de Trevi. Um grande monumento com estátuas de pedra, que se mantêm brilhantes graças à água que corre continuamente e dá uma atmosfera tranquila e requintada. Nesta fonte, diz a tradição, podemos atirar uma moeda lá para dentro e pedir um desejo de amor. E acreditem que muita moeda deve já ter sido atirada para ali. Este local está sempre cheio de pessoal que simplesmente se senta por ali e aprecia a movida.
       
        Era a vez de mais uma Piazza, Piazza del Popolo. Uma das maiores, onde, muito perto se situa o museu de Da Vinci. Embora não venha referenciado nos guias é um museu que recomendo visitar, principalmente se forem pessoas ligadas à engenharia ou ciências em geral. O homem era realmente um visionário. Escusado será dizer que se paga, bem.



        Outro monumento que carimba o postal de Roma é o Panteão. Uma fachada extremamente majestosa, de caras para uma praça, mais pequena. Neste tipo de praças é garantido que vão encontrar um tipo de cidadão que nos apelidámos de mosca. A mosca é caracterizada pelo seu sentido de oportunidade, insistência, desconforto que causa e capacidade de sair quase sempre impune à nossa tentativa de as afastar. Ora, encontra-se o mesmo aqui: pessoal marroquino que vende tudo e mais alguma coisa. Nada que tenha alguma utilidade especifica, mas antes objectos que pela sua estupidez são engraçados e acabam por criar o desejo de os comprar. Quem tenta afastar as moscas são os polícias, que simplesmente andam por ali, vão-se aproximando deles; eles arrumam a trouxa caminham um pouco para longe e voltam assim que o polícia se afasta. Lá está…. Moscas.
        O Panteão por si só não exige grande tempo de visitação, mas merece com certeza várias fotos à sua monumentalidade. No interior tem a sua imagem de marca; um grande óculo por onde passa a luz natural (e chuva se for o caso) e que provoca um efeito místico dentro da basílica.



       
        Mais afastado do centro fica a zona de Trastevere, um está o rio Tibre. Poderia estar mais limpo e com as margens mais cuidadas, por forma a proporcionar um passeio agradável. Mas não é o caso…

        No fim do dia destinámo-nos à Piazza Navona. Tenho de me reter algumas linhas por aqui. Estas praças que fui referindo têm em comum o facto de juntarem sempre muita gente, restaurantes, esplanadas e artistas de rua. Tudo isto provoca um ambiente familiar onde sabemos que todos que ali estão andam felizes e descontraídos, pois muito provavelmente estão de férias. A partir das 18 horas era de noite em Roma e portanto o nosso dia de visitas acabava a esta hora (ainda que não fosse por esta limitação natural, as pernas também iriam reclamar algum descanso…). Mas isso não significava que o dia estava morto ali. Pelo contrário, ao longo dos dias fomos adoptando esta praça como o nosso descanso diário final. Era muito bom andar por ali a vaguear. A ver pintores, mágicos, músicos, personagens, etc. Posso dizer que facilmente se encontra ali um John Mayer ou um Pat Metheny. Pessoal com grande capacidade musical que estão ali com um pequeno combo, uma bateria de 12V e uma guitarra. O nosso conselho é que levem uns 2€ destrocados e vão recompensando o artista que crêem ter mais capacidade. Os horários dos espectáculos são cuidadosamente alinhados de forma a não se perturbarem uns aos outros. Por isso podem estar a ver um espectáculo de break dance e assim que estes acabam, olham para a direita e está a começar um espectáculo de magia.





Dia 4
        O dia do grande Coliseu! A imagem mais conhecida de Roma, a par do Vaticano. Estas ruínas ganham maior magia à noite, com uma iluminação muito bem arquitectada. De dia reservem uma manhã para estar na fila do bilhete e ver o interior do local onde milhares de pessoas foram comidas e atiradas literalmente às feras. Consegue-se olhar para a arena e imaginar o sanguinário espectáculo que ali se passava. Têm opção de comprar um audioguide em português, que é útil.
        À beira do Coliseu está o Fórum Romano, que era uma espécie de bairro adjacente ao Coliseu. Está muito em ruínas, mas a visita é obrigatória. Atenção, na altura em que fomos aquilo fechava às 16h, por isso não conseguimos ver todo o perímetro do fórum, nomeadamente o Monte Palatino, que parecia ser o local mais agradável, verde, mais botânico.



        Já com o escuro a chegar seguimos pela avenida que enquadra o Coliseu e fomos dar ao Monumento Vittorio Emanuele II onde se situa o ministério da defesa. Pode não parecer um grande sítio para se visitar mas acreditem, é possivelmente o maior monumento de Roma. Não é um simples prédio com 2 estátuas de militares em bronze. É uma coisa em grande! E incrivelmente pode ser visitado de borla. Não que tenha grande interesse para um não italiano, mas… é de borla. Já pago é o elevador panorâmico que se encontra neste edifício. O nosso Victor Gaspar mental aconselhou a não gastar mais 14€ nisto uma vez que contávamos ir a basílica de S Pedro onde também poderíamos ter uma vista panorâmica. Ainda assim, presumo que seja uma viagem agradável a deste elevador. Adjacentes ao ministério estão 3 museus, que não visitámos e que se encontram num local que se chama Monte Capitolino.






Dia 5
        Era quarta-feira e reservámos o dia ao Vaticano. E sim, vão precisar de um dia para o Vaticano. O especial de ser quarta-feira é que ao chegarmos à praça que tantas vezes vimos na televisão, havia uma fila que dava a volta ao recinto. Assustámo-nos, mas perguntamos a uma polícia se aquilo era para os museus e ele disse que era para ver o papa. Bem, entre ver o para e ver 11 museus intemporais optámos pelos museus. E portanto podemos dizer que fomos a Roma e não vimos o papa. Além dos museus podemos subir ao topo da Basílica de S. Pedro e ter, o que até então, foi a melhor vista de Roma. Para chegarmos acima existem 500 e não sei quantos degraus que temos de atacar. No topo existe um brinde para os mais aventureiros e uma aflição para os mais claustrofóbicos. Aliás, o nome de claustrofóbico deverá vir de claustro agora que penso nisso… no cimo as escadas apertam ao ponto de só passar uma pessoa mais pequena que o Malato. Além disso, a inclinação da parede muda e passamos a andar na The Twilight Zone. Vale a pena o esforço e possível aflição que possam passar.



        Os 11 Museus do Vaticano custam 15€ a ser visitados. Também custam umas 3h de passeio. Há de tudo. Escultura, pintura, múmias, arte sacra, arte egípcia, etc. Para quem for mestre de história com certeza conseguirá interligar tudo e perceber o fio condutor de todos eles. Nestes museus insere-se a mítica capela Sistina. A minha opinião é que os frescos não são assim tão frescos, já têm alguns anos… agora a serio, é de facto impressionante olhar para ali e saber que alguém um dia, sem gruas, pintou tudo aquilo, numa posição menos ergonómica que a de um bêbado sentado num banco de jardim. No entanto, as igrejas e outros tectos que fomos vendo não ficavam muito atrás. De facto, impressionou-me um efeito 3D aplicado a determinadas pinturas, que provocava um efeito de confusão pois realmente pareciam esculturas e não pinturas.



        Ao sairmos dos museus já era de noite e incrivelmente encontramos sem querer um carrefour ali perto onde podemos abastecer o lanche. O resto do fim de tarde passa-se bem simplesmente andando por ali. Á noite, para não apanharmos mais surpresas fomos ao restaurante que encontrámos no primeiro dia Tratoria Luzzi ao pé do Coliseu; um sítio onde sabíamos que existia a tal taxa de serviço, mas não havia covers, a comida era boa, e bem servido.

Dia 6
        À medida que íamos chegando ao fim, também se iam acabando os pontos de interesse. Roma é uma capital de topo, mas na nossa opinião, uma semana é mais que suficiente para um turista de interesse normal a visitar. Se forem com um espírito de Dan Brown talvez possam demorar mais, mas creio que 80% das pessoas necessitara apenas de meia dúzia de dias. Este dia ficou reservado à zona do Camp de Fiori. O nome deve-se a uma praça onde se realiza uma feira de flores, onde tudo fico colorido, bem cheiroso e bonito. No entanto, quando chegámos já a feira tinha acabado. E tudo o que vimos foi uma azáfama de camiões do lixo, vassouras, o chão polvilhado com restos de flores pisadas, e uma confusão de carrinhas que recolhiam as flores restantes. Não era um cenário bonito; mau timing. O atraso deveu-se à visita do Castelo de Sant’Ângelo. Onde se pode também ter uma vista bonita de Roma e daquela zona em particular. Perto do castelo encontra-se a igreja Gesu Sto Ignacio. Onde podemos ver uma explosão de ouro, semelhante a todos os edifícios religiosos que visitámos. Tem uma particularidade; uma cave muito húmida onde se encontram alguns túmulos de padres, bispos, etc. A entrada é livre. Mais umas ruínas que podem visitar, as do Teatro Marcelo, onde, discordantemente existe um santuário de gatos. Não é uma igreja com o Garfield pregado à cruz como podem estar a pensar. É simplesmente o nome dado a uma casa que alberga este fantásticos animais e aceita donativos e onde quem gosta de gatos poderá ver vários exemplares. Estivemos por ali cerca de 1h a apreciar os felinos. Além da sua interacção com as pessoas que por ali passavam, é fantástico ver a dança entre os gatos e as pombas. Sendo que numa hora, as pombas ganharam sempre. Se estiverem sentados e se mostrarem fãs dos animais eles irão ter convosco sem nenhum pudor para pedir umas festas.



        Lá fomos jantar, para a despedida, à Luzzi.


        É um destino obrigatório em qualquer rota das capitais europeias, mas na nossa opinião não é um destino que se repita. Além de ser caro, as suas atracções de guia turístico, são, aparentemente, as únicas que valem a pena serem visitadas. Não há grandes surpresas, turismo alternativo, ou outras alternativas. Além de ser previsivelmente uma confusão na época alta. Se em Novembro, com a chuva a ameaçar, havia bastante malta na rua, em Agosto deve ser a pura da loucura.

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